sábado, 18 de abril de 2020

 


A morte

Óh dama das vestes negras
que me persegue com sua foice.

Alguns no momento de extrema dor
pedem a tua presença misericordiosa 
mas não eu.

Óh dama que farfalha os galhos
para me lembrar que há tempestade cá dentro.

Que leva embora os seres queridos
me deixando um vazio aterrador.

Óh bela dama, não faça isso comigo
sei que isso é seu serviço.
Sei que esse é seu labor.

Mas se és a presença feminina 
tão proclamada e aclamada em tantas deusas,
faça-me um favor materno:
tenha piedade de mim!


Ivi 
22/03/2019





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