quinta-feira, 23 de agosto de 2018

penpal friends

    Na década de 90 não se usava computadores para se comunicar como hoje. 
    Eu estava com meu inglês afiado e queria praticar... como não tinha muita gente bilíngue por aqui eu me inscrevi no ipf (international pen friends) - pessoas de países diferentes que através de carta se comunicavam para trocar ideias, treinar uma língua estrangeira, ou até fazer trocas de viagem, um intercâmbio mesmo.
    Selecionavam que tipo de "amigo de caneta" você queria, se homem, mulher, qual idade, de que país, com quais interesses e te mandavam alguns endereços e o seu endereço ia para algumas pessoas...
    Treinei bem a minha escrita nessa época, gastei um pouco com selos e conheci culturas diferentes, gente da Suécia, da Rússia, da África... e ganhei até esse desenho do meu amigo Kiril, da Bulgária. Guardo ele até hoje com a seguinte inscrição: 


Que o navio mágico do sonho e da esperança continue apesar de todas as tempestades!

    Uma bela frase para se lembrar nos momentos de mudança... nas horas escuras... eu ainda torço por você!
    Achei o desenho tão lindo... tudo feito com lápis comum... 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Às jovens meninas

 
Rainhas.

Se você nasceu depois de 1988 provavelmente não teve a oportunidade de conhecer alguém que nasceu em 1930, 1920 ou 1910. Que pena!
Então, leia este livro: POR FAVOR, CUIDE DA MAMÃE!
É de uma coreana, mas fala de todas as mães, mulheres guerreiras!
   Ali você vai conhecer a história das minhas avós e de milhares de mulheres que nasceram antes de 1930 e até um pouquinho depois que batalharam, sofreram e foram felizes - mulheres guerreiras, corajosas, altruístas: do tipo que não se vê mais hoje em dia.Resultado de imagem para imagem de mulheres velhas trabalhando
   Sim, todas as mulheres trazem um pouco delas - um pouco, bem pouco.
     Hoje, a coisa toda de individualidade, liberdade e felicidade, toda a nossa cultura de busca de algo que te satisfaça nos faz esquecer o que essas mulheres já traziam inserido no seu d.n.a.:FAZER O QUE TEM QUE SER FEITO.
   Só isso, simples assim: se é preciso cozinhar, cozinham; se é preciso alimentar as galinhas, alimentam; se é preciso dormir no chão para que o filho não passe frio, dormem no chão. 
    Nenhuma delas ficou pensando se era feliz, ou se a cunhada era mais feliz do que ela. Não pensavam se era certo ou errado; se iriam sofrer ou não - simplesmente faziam o que tinha que ser feito e pronto.
    Morriam e morrem com a sensação de dever cumprido, de que viveram com propósito. 
   As mulheres mais jovens às vezes trazem à tona o espírito dessas mulheres - e me comovem!
   Jovens garotas, descendentes de Eva, façam-me um favor: leiam esse livro e resgatem a verdadeira essência do feminino. Coisa que minha geração (eu incluída) não conseguiu fazer.
   A lembrança e a memória dessas mulheres talvez façam essa vida fluir melhor.